Ainda que o nome me remeta a uma disciplina optativa da graduação a motivação deste texto foi o "apagão" energético da noite passada que deixou a maior cidade do país, décima do mundo (em breve seremos mais ricos do que Paris) às escuras. Não tenho a intenção de discutir os motivos técnicos que culminaram com a falta de energia em diversos estados e que afetou até o vizinho Paraguai. Já ouvi sobre pane em Itaipu, problemas na transmissão, atentado venezuelano e até uma tempestade solar. Passado o fato, para nós, não importa mais o motivo.
Como não havia absolutamente nada a ser feito na escuridão da noite de uma terça-feira, comecei a refletir sobre nossa dependência energética. Vez ou outra quando o preço do petroleo vai às alturas, discute-se como nossa dependência do ouro negro influencia nossas vidas. Que sem ele a vida seria muito dificil ou cara. Verdade. Mas já imaginaram se não houvesse mais energia elétrica? Imaginei ontem.
Sem petróleo, o transporte de pessoas e mercadorias ficaria bastante comprometido. Além de dificuldades na produção de tudo que depende de seus derivados. Mas e sem energia elétrica? A vida seria impossível como a conhecemos.
Os geradores não aguentariam mais que algumas horas e toda uma sociedade baseada na informação e comunicação entraria em colapso. Ontem, depois de algum tempo não recebia mais mensagens e nem conseguia efetuar ligações. Internet? Nem pensar. Desligamos os aparelhos eletrônicos da tomada e pela manhã a geladeira estava quase descongelada. Eu estava em casa no notebook na hora, mas imaginem quem estava na rua e tinha que pegar onibus ou metro. Quem trabalha na Zona Oeste e mora na Zona Leste, com os semaforos desligados ou em pane. CAOS!
Resumindo: não há vida moderna sem energia elétrica. Como não houve investimentos nos primeiros anos de governo Lula, não é a toa que estão incentivando a construção de termelétricas. Querem evitar o apagão geral no Brasil. Espero que o apagão de ontem sirva de lição para o que pode acontecer se o setor elétrico for deixado de lado ao casuísmo político.
Se antes já sugeria o posicionamento, ainda que defensivo, em alguma empresa do setor elétrico (minhas preferidas são CPFL e Tractebel), agora ficou evidente que manter-se posicionado no setor é uma questão estratégica.
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