31 de Março 2010
Relatório Mensal do Clube de Investimento
Março: frustrante
O índice BOVESPA terminou o mês de março aos 70.371 pontos, subindo 5,82%. Em contrapartida, nossa carteira apresentou desvalorização de 1,27%. Frustrante foi o desempenho do nosso portfólio. Em situações como esta em que o mercado anda de lado, algumas ações se saem melhor que outras. As nossas apresentaram desempenho pior.
Começando pelo front externo, vimos discursos de Alemanha e França em favor da Grécia. Discursos que de uma forma ou de outra acalmaram um pouco o mercado. Aparentemente, a Grécia conseguirá financiar suas dividas de curto prazo através de emissões de novos de títulos ainda que tenham que pagar um prêmio por isto. Do lado das moedas, euro e libra mostraram alguma reação no final do mês após atingirem importantes suportes em 1,33 e 1,48 contra o dólar no intra-mês.
Nos EUA, o FED manteve inalterada a taxa de juros. Destaque para a manutenção do discurso de que os juros serão mantidos baixos por um longo período (“extend period”). Ben Bernanke continua mostrando preocupação com o mercado de trabalho. É provável que vejamos alguma melhoria no mês de abril, mas mudanças significativas apenas no segundo semestre.
Conclusão: veremos as moedas européias bastante pressionadas ainda, com o euro e a libra podendo romper importantes barreiras históricas contra o real e mesmo contra o dólar. Continuo recomendando a compra destas moedas para quem pretende viajar.
No Brasil, tivemos eventos significativos durante o mês. O forte desempenho do mercado acionário no mês foi puxado, sobretudo, pela VALE e outras mineradoras, após o anuncio da intenção por parte da VALE de reajuste de mais de 100% no preço do minério de ferro. Além disto, a temporada de balanços no Brasil terminou com as companhias apresentando bons resultados em 2009 indicando que de fato a crise ficou para trás e daqui para frente a tendência é de melhora. Contudo, entretanto, todavia, o mercado sinalizou que não esta comprando qualquer coisa assim como no passado. O inicio da negociação das ações da OSX (estaleiro do Eike) foi pífio. Além de reduzirem o volume e preço da oferta, as ações desvalorizaram mais de 10% logo na estréia. Bom sinal de maturidade para a bolsa.
Por fim, o Comitê de Política Monetária (COPOM) manteve inalterada a SELIC, taxa de juros, em 8,75%. Não fomos surpreendidos com tal medida conforme call no relatório de fevereiro, entretanto alguns agentes do mercado ficaram “indignados” com a passividade do comitê. Que pese a pressão inflacionária no curto prazo e a expectativa para o IPCA em 2010 acima da meta, no meu entender a decisão foi acertada. Pendente está apenas a decisão do Meirelles de permanecer ou não no cargo. Tudo dependerá da vontade do Lula, Meirelles está vendido nesta historia.
Em nossa carteira, BISA3, GSHP3 e TBLE3 apresentaram desempenhos negativos, mesmo com os bons resultados corporativos. Aparentemente, algo pontual, sem tendência. Aproveitamos queda adicional em BISA3 para aumentarmos posição. Tal estratégia segue o descrito no call anterior aproveitando a volatilidade de curto prazo.
OGX se recuperou um pouco no mês, mas foi insuficiente para recuperar as perdas de janeiro e fevereiro. O mercado parece um pouco cético quanto aos bons resultados das perfurações anunciadas quase que semanalmente. Além disto, o IPO da OSX afetou negativamente a OGX.
Por sua vez, Cremer nos deu alegria. Os bons resultados anunciados começam a chamar a atenção do mercado e o reflexo foi uma valorização de mais de 13% no mês. Esta empresa ainda vai nos trazer muita felicidade.
Vale um último comentário sobre General Shopping: estive no final do mês no Outlet Premium na Rodovia Bandeirantes e fiquei impressionado com o numero de pessoas. Nada como sentir na pele o que pode impactar (positivamente neste caso) nossas ações.
Nosso portfólio fechou o mês da seguinte forma: BISA3 com 26,46%; CREM3 com 22,67%, OGXP3 com 22,14%; TBLE3 com 13,29%; GSHP3 com 11,56% e 3,88% em caixa.
Para Abril, a expectativa é que a bolsa rompa a barreira dos 70 mil e siga em alta rumo ao topo histórico. Em março perdemos uma boa oportunidade de nos posicionarmos em CIEL3 após a entrada pesada da Geração Futuro, mas continuamos de olho. No lado das commodities, CSN entrou no radar.
Relatório Mensal do Clube de Investimento
Março: frustrante
O índice BOVESPA terminou o mês de março aos 70.371 pontos, subindo 5,82%. Em contrapartida, nossa carteira apresentou desvalorização de 1,27%. Frustrante foi o desempenho do nosso portfólio. Em situações como esta em que o mercado anda de lado, algumas ações se saem melhor que outras. As nossas apresentaram desempenho pior.
Começando pelo front externo, vimos discursos de Alemanha e França em favor da Grécia. Discursos que de uma forma ou de outra acalmaram um pouco o mercado. Aparentemente, a Grécia conseguirá financiar suas dividas de curto prazo através de emissões de novos de títulos ainda que tenham que pagar um prêmio por isto. Do lado das moedas, euro e libra mostraram alguma reação no final do mês após atingirem importantes suportes em 1,33 e 1,48 contra o dólar no intra-mês.
Nos EUA, o FED manteve inalterada a taxa de juros. Destaque para a manutenção do discurso de que os juros serão mantidos baixos por um longo período (“extend period”). Ben Bernanke continua mostrando preocupação com o mercado de trabalho. É provável que vejamos alguma melhoria no mês de abril, mas mudanças significativas apenas no segundo semestre.
Conclusão: veremos as moedas européias bastante pressionadas ainda, com o euro e a libra podendo romper importantes barreiras históricas contra o real e mesmo contra o dólar. Continuo recomendando a compra destas moedas para quem pretende viajar.
No Brasil, tivemos eventos significativos durante o mês. O forte desempenho do mercado acionário no mês foi puxado, sobretudo, pela VALE e outras mineradoras, após o anuncio da intenção por parte da VALE de reajuste de mais de 100% no preço do minério de ferro. Além disto, a temporada de balanços no Brasil terminou com as companhias apresentando bons resultados em 2009 indicando que de fato a crise ficou para trás e daqui para frente a tendência é de melhora. Contudo, entretanto, todavia, o mercado sinalizou que não esta comprando qualquer coisa assim como no passado. O inicio da negociação das ações da OSX (estaleiro do Eike) foi pífio. Além de reduzirem o volume e preço da oferta, as ações desvalorizaram mais de 10% logo na estréia. Bom sinal de maturidade para a bolsa.
Por fim, o Comitê de Política Monetária (COPOM) manteve inalterada a SELIC, taxa de juros, em 8,75%. Não fomos surpreendidos com tal medida conforme call no relatório de fevereiro, entretanto alguns agentes do mercado ficaram “indignados” com a passividade do comitê. Que pese a pressão inflacionária no curto prazo e a expectativa para o IPCA em 2010 acima da meta, no meu entender a decisão foi acertada. Pendente está apenas a decisão do Meirelles de permanecer ou não no cargo. Tudo dependerá da vontade do Lula, Meirelles está vendido nesta historia.
Em nossa carteira, BISA3, GSHP3 e TBLE3 apresentaram desempenhos negativos, mesmo com os bons resultados corporativos. Aparentemente, algo pontual, sem tendência. Aproveitamos queda adicional em BISA3 para aumentarmos posição. Tal estratégia segue o descrito no call anterior aproveitando a volatilidade de curto prazo.
OGX se recuperou um pouco no mês, mas foi insuficiente para recuperar as perdas de janeiro e fevereiro. O mercado parece um pouco cético quanto aos bons resultados das perfurações anunciadas quase que semanalmente. Além disto, o IPO da OSX afetou negativamente a OGX.
Por sua vez, Cremer nos deu alegria. Os bons resultados anunciados começam a chamar a atenção do mercado e o reflexo foi uma valorização de mais de 13% no mês. Esta empresa ainda vai nos trazer muita felicidade.
Vale um último comentário sobre General Shopping: estive no final do mês no Outlet Premium na Rodovia Bandeirantes e fiquei impressionado com o numero de pessoas. Nada como sentir na pele o que pode impactar (positivamente neste caso) nossas ações.
Nosso portfólio fechou o mês da seguinte forma: BISA3 com 26,46%; CREM3 com 22,67%, OGXP3 com 22,14%; TBLE3 com 13,29%; GSHP3 com 11,56% e 3,88% em caixa.
Para Abril, a expectativa é que a bolsa rompa a barreira dos 70 mil e siga em alta rumo ao topo histórico. Em março perdemos uma boa oportunidade de nos posicionarmos em CIEL3 após a entrada pesada da Geração Futuro, mas continuamos de olho. No lado das commodities, CSN entrou no radar.
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