Hoje pela manhã participei de um seminário organizado pela consultoria Tendências sobre as perspectivas da Economia Brasileira.
Participaram do seminário renomados economistas e cientistas políticos. Mailson da Nóbrega abriu o seminário. Em seguida, conduziu um debate sobre o cenário político e as eleições presidenciais entre os cientistas políticos Carlos Melo e Lúcia Hippolito. Show à parte da Lúcia.
No segundo painel, Gustavo Loyola conduziu um debate sobre cenário econômico entre os professores da PUC-Rio Rogério Werneck e José Márcio Camargo. Por fim, Marcelo Odebrecht encerrou o seminário apresentando sua visão sobre as oportunidades e riscos de investir no Brasil.
No primeiro painel, chamou a atenção a discussão sobre a(s) prioridade(s) para o próximo governo. O destaque ficou com a reforma tributária e fiscal. Embora o Brasil tenha avançado institucionalmente, nosso sistema tributário se mostrará no futuro próximo como o principal entrave ao nosso crescimento.
No segundo painel, o professor Rogério mostrou-se preocupado com a questão fiscal. Embora, agora, aos olhos do mundo o Brasil apresente uma situação fiscal confortável (haja vista a situação fiscal dos EUA, Europa e Japão), a tendência fiscal das contas públicas indica graves problemas à frente. As manobras contábeis tentam camuflar o aumento do endividamento bruto e a relação entre Tesouro e BNDES causa desconforto. Loyola brincou, "A dupla Pelé e Coutinho funcionou bem no passado. Já a dupla atual Meirelles e Coutinho parece não funcionar muito bem." Particularmente, espero que o próximo governo mostre mais austeridade fiscal.
Já o professor José Márcio comentou sobre o novo ciclo de investimentos para a economia brasileira. No passado, o Brasil sempre cresceu focando investimento em capital físico. Daqui para frente, se quisermos ter um crescimento sustentável, precisaremos investir em capital humano e P&D. Investir nas PESSOAS.
O nível de poupança no Brasil é baixo, consequentemente o investimento também. O principal problema está na poupança do governo que é negativa. A poupança privada não consegue sustentar o investimento sozinho. O Governo precisa parar de gastar. E o momento é agora (já passou da hora, na verdade). O professor falou algo óbvio, mas que precisa ser repetido constantemente: o Brasil precisa investir nas pessoas. EDUCAÇÃO. Embora a população em geral acredite que a educação e formação sejam essenciais, nunca nenhum presidente ganhou uma eleição com um programa pautado em educação (me recordo do pobre Cristovam Buarque).
Fechando com chave de ouro, Marcelo Odebrecht apresentou a visão do empresário sobre o Brasil: "Brasil até as olimpíadas Rio 2016 é aposta certa". E enfatizou os mesmos problemas apontados nos outros debates: necessidade de infra-estrutura (logística e mobilidade urbana) e PESSOAS. Ele disse que está impressionado (e preocupado) com a falta de profissionais qualificados no mercado. Ele disse que o bom profissional hoje nem precisa enviar currículo, já está contratado. O grupo ODEBRECHT já sente a falta de engenheiros. Imaginem nos próximos anos. Comentou que o grupo tem investido nas pessoas, não por filantropia, mas por necessidade.
No último slide enfatizou novamente que as empresas precisam investir nas pessoas, sem as quais o Brasil não conseguirá continuar crescendo "pós-Olímpiadas". Pessoalmente, acredito que as empresas brasileiras estão sentindo na pele a necessidade de investirem na qualificação das pessoas frente a internacionalização que muitas estão vivenciando.
Será que agora o país dará a devida atenção às pessoas? Enquanto isto, cabe a cada um de nós investir em nossa própria formação e educação. Este é o melhor investimento que podemos fazer.
Participaram do seminário renomados economistas e cientistas políticos. Mailson da Nóbrega abriu o seminário. Em seguida, conduziu um debate sobre o cenário político e as eleições presidenciais entre os cientistas políticos Carlos Melo e Lúcia Hippolito. Show à parte da Lúcia.
No segundo painel, Gustavo Loyola conduziu um debate sobre cenário econômico entre os professores da PUC-Rio Rogério Werneck e José Márcio Camargo. Por fim, Marcelo Odebrecht encerrou o seminário apresentando sua visão sobre as oportunidades e riscos de investir no Brasil.
No primeiro painel, chamou a atenção a discussão sobre a(s) prioridade(s) para o próximo governo. O destaque ficou com a reforma tributária e fiscal. Embora o Brasil tenha avançado institucionalmente, nosso sistema tributário se mostrará no futuro próximo como o principal entrave ao nosso crescimento.
No segundo painel, o professor Rogério mostrou-se preocupado com a questão fiscal. Embora, agora, aos olhos do mundo o Brasil apresente uma situação fiscal confortável (haja vista a situação fiscal dos EUA, Europa e Japão), a tendência fiscal das contas públicas indica graves problemas à frente. As manobras contábeis tentam camuflar o aumento do endividamento bruto e a relação entre Tesouro e BNDES causa desconforto. Loyola brincou, "A dupla Pelé e Coutinho funcionou bem no passado. Já a dupla atual Meirelles e Coutinho parece não funcionar muito bem." Particularmente, espero que o próximo governo mostre mais austeridade fiscal.
Já o professor José Márcio comentou sobre o novo ciclo de investimentos para a economia brasileira. No passado, o Brasil sempre cresceu focando investimento em capital físico. Daqui para frente, se quisermos ter um crescimento sustentável, precisaremos investir em capital humano e P&D. Investir nas PESSOAS.
O nível de poupança no Brasil é baixo, consequentemente o investimento também. O principal problema está na poupança do governo que é negativa. A poupança privada não consegue sustentar o investimento sozinho. O Governo precisa parar de gastar. E o momento é agora (já passou da hora, na verdade). O professor falou algo óbvio, mas que precisa ser repetido constantemente: o Brasil precisa investir nas pessoas. EDUCAÇÃO. Embora a população em geral acredite que a educação e formação sejam essenciais, nunca nenhum presidente ganhou uma eleição com um programa pautado em educação (me recordo do pobre Cristovam Buarque).
Fechando com chave de ouro, Marcelo Odebrecht apresentou a visão do empresário sobre o Brasil: "Brasil até as olimpíadas Rio 2016 é aposta certa". E enfatizou os mesmos problemas apontados nos outros debates: necessidade de infra-estrutura (logística e mobilidade urbana) e PESSOAS. Ele disse que está impressionado (e preocupado) com a falta de profissionais qualificados no mercado. Ele disse que o bom profissional hoje nem precisa enviar currículo, já está contratado. O grupo ODEBRECHT já sente a falta de engenheiros. Imaginem nos próximos anos. Comentou que o grupo tem investido nas pessoas, não por filantropia, mas por necessidade.
No último slide enfatizou novamente que as empresas precisam investir nas pessoas, sem as quais o Brasil não conseguirá continuar crescendo "pós-Olímpiadas". Pessoalmente, acredito que as empresas brasileiras estão sentindo na pele a necessidade de investirem na qualificação das pessoas frente a internacionalização que muitas estão vivenciando.
Será que agora o país dará a devida atenção às pessoas? Enquanto isto, cabe a cada um de nós investir em nossa própria formação e educação. Este é o melhor investimento que podemos fazer.
Basta lembrar que os currículos das universidades estão completamente defasados e os professores, despreparados. Muitos deles velhos, não acompanharam a tendência do mercado e hoje o que se vê são pessoas com diploma, mas sem capacidade de atuar no mercado.
ResponderExcluirOi Bruno,
ResponderExcluirEducação é a palavra chave. Não tenho dúvidas disso. Acabei escrevendo algo semelhante em meu blog. Comentei o aumento da SELIC. Diminuir gastos públicos e investir na qualificação dos servidores e educação de toda população é um bom caminho.
Abraço
Jônatas R. Silva