sábado, 30 de outubro de 2010

Outubro: Mais 4 anos do mesmo!

Relatório Mensal do Clube de Investimento

30 de outubro de 2010

Outubro: Mais 4 anos do mesmo!

Amanhã será definido o futuro do país. Ainda que eu tenha alguma esperança na vitória do Serra, é mais provável a vitória dA LULA. A oposição venceu a primeira batalha, mas o PT acabará vencendo a guerra. O triste desta eleição foi o BAIXISSIMO nível das discussões. O ultimo debate na Globo foi patético. Pareciam falando a mesma coisa, respostas genéricas e populistas, sem abordar de maneira profunda os principais problemas do país. Independente de quem vença, o Brasil continuará crescendo forte nos próximos anos.

Diferentemente do que eu comentei em meu ultimo relatório, a capitalização da Petrobras foi uma vergonha e o papel continuou sua tendência de baixa enquanto OGX subiu. Não houve oportunidades para trocarmos os papeis conforme eu gostaria. Para minimizar as perdas com Petro, utilizamos estratégias envolvendo compra e venda de opções durante os meses de setembro e outubro com resultados positivos. Mesmo considerando toda a prejudicial influencia politica na gestão da empresa é difícil não ficar posicionado no papel no longo prazo. Se a companhia tiver um processo de extração do pré sal eficiente é provável que a Petro se torne uma das principais empresas petrolíferas do mundo. Eu não quero ficar de fora ainda que aceite carregar um papel “pesado” por algum tempo.

Ainda falando em petróleo, no mês de outubro a HRT concretizou seu IPO captando R$ 2,6 bi. Mais uma nova empresa não operacional de petróleo no mercado. Na esteira, a Karoon (empresa australiana) também protocolou seu IPO na CVM esperando captar R$ 1,7 bi. Fiquei pensando então qual seria a melhor forma de participarmos deste “boom” do petróleo no Brasil. Devemos pensar em toda a cadeira produtiva e não somente na última ponta. Quem fornece material para a indústria? Quem presta serviços? Em minha opinião a LUPATECH se beneficiará diretamente deste momento, sobretudo na fase de extração do petróleo.

O que mais podemos esperar para o Brasil daqui pra frente? MAIS CONSUMO. Hoje indo para Campinas parei no Outlet Premium, da General Shopping. Fiquei impressionado. Não havia vagas para estacionar. Quase fui embora. Demorei 20 minutos para parar o carro. Este final de ano promete ser o melhor da historia para o setor de shopping centers e varejo em geral. Nunca antes na historia o brasileiro consumiu tanto. Em 2011 alguém acredita que será diferente?

Aliás, General Shopping finalmente reagiu. O papel valorizou-se mais de 20% em nossa carteira. A administração tem tomado medidas para melhorar o perfil do endividamento como uma captação de bônus perpétuos em dólar, por exemplo. Se por um lado é bom, por outro fico um pouco preocupado com a exposição em dólar de uma companhia com receita puramente em R$. Espero que a Companhia tome medidas para minimizar os efeitos da variação cambial.

Voltando ao consumo e ao final do ano. As recentes noticias na mídia reportam que notebook é um dos principais desejos de consumo do brasileiro para o fim de ano. Logo, POSITIVO, bem posicionada nas classes C e D. Não acredito que o Alfa traga grandes impactos no resultado, mas sinaliza preocupação com pesquisa e desenvolvimento. O que é saudável.

Bem, se os brasileiros vão (estão) consumindo como loucos, vão pagar como? Cartão de crédito e débito. Literalmente, CIELO é uma máquina de dinheiro. Mesmo com a concorrência acirrada, a empresa deve apresentar bons resultados, no mínimo mantendo seu lucro e uma boa geração de caixa. Isto posto, podemos esperar bons dividendos. Não só da CIELO como também da CREMER que continua entregando dinheiro na conta.

O que mais? Construção. Crédito farto, renda em alta, brasileiro comprando sua casa própria. Brookfield (BISA) apresentará seus resultados em breve e não espero nada menos que excelentes. Sendo otimista, os resultados do quarto trimestre devem ser excepcionais.

E para construir, precisamos de aço. E para produzir aço, precisamos de minério de ferro. CSN tem tudo isto e mais um pouco. Os resultados do terceiro tri não foram lá muito bons, uma vez que há excesso de aço no mundo right now, mas com a recuperação mundial, a demanda voltará a crescer e paralelamente a demanda também crescerá no Brasil com todas as obras de infra estrutura em andamento e as que serão realizadas para a Copa e as Olimpiadas. Be patience!

Com um relatório otimista desses, o que justifica o desempenho do clube em linha com o IBOVESPA no ano? Tirando o fato da carteira tem sido construída ao longo do ano, devemos lembrar que em 2009 a bolsa subiu estúpidos 82%. Após uma boa festa, vem a ressaca. E embora todo mundo prometa que não vai voltar a beber, o ser humano é fraco e logo quer ir pra festa novamente. Talvez tenhamos um “esquenta” este final de ano, mas se não tivermos, a festa vai rolar novamente em 2011.

Bruno Massera
Outubro 2010

domingo, 24 de outubro de 2010

Livro: Desafio aos deuses

O livro aborda a historia da administração do risco (estatistica, probabilidades, etc) o que traz diversas informações interessantes sobre quando e por quê o homem começou a refletir sobre risco e probabilidades. Neste caso, por exemplo, as grandes questões estavam relacionadas aos jogos de azar.

Em uma das passagens, no capítulo "As noções notáveis do homem das noções notáveis", falando dos anos entre 1200 e 1700 e como os mercadores aprenderam desde cedo a empregar a diversificação para diminuir os riscos, o autor extrai um pequeno trecho da obra de Shakespeare:

Todas as minhas cargas não estão confiadas a um só navio, nem as dirijo para um só ponto; nem o total de meus bens está à mercê dos contratempos do presente ano. Não são, pois, minhas especulações que me fazem ficar triste. (ato I, Cena 1)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

"Medo"

Quando eu leio uma chamada destas na UOL e em outros jornais "menos especializados", admito que me assusto.

Dólar cai para R$ 1,675, menor cotação em 2 anos


Dado todo o cenário macroeconomico brasileiro e mundial, não causa espanto o dólar atingir o menor patamar em 2 anos após o Ministro da Fazenda anunciar ao mercado uma medida justamente para limitar a apreciação do real?

Mesmo considerando que o dólar está perdendo valor em todo mundo com o euro e libra recuperando parte do valor perdido durante o começo do ano com a crise fiscal europeia, o Japão reiniciando operações para conter a apreciação da moeda e a China continuando a aumentar suas reservas, eu não vendo dólares neste nível. Pelo contrário, compro!

 
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