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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Juros baixos até 2013


Após o anuncio do FED, o mercado acionário americano reagiu em forte movimento de baixa. Os agentes estavam aguardando um novo afrouxamento monetário. Como não veio, a resposta imediata foi vender. Entretanto, o FED vez duas alterações/inclusões muito significativas no comunicado:

1) Substituiu o termo “extended period” por “through mid-2013”. “The Committee currently anticipates that economic conditions -- including low rates of resource utilization and a subdued outlook for inflation over the medium run -- are likely to warrant exceptionally low levels for the federal funds rate at least through mid-2013.”

2) Inclusão: “The Committee discussed the range of policy tools available to promote a stronger economic recovery in a context of price stability. It will continue to assess the economic outlook in light of incoming information and is prepared to employ these tools as appropriate.”

Ou seja: os juros continuarão baixos até 2013 e o “arsenal” do FED está pronto para ser usado, seja lá o que isto signifique (“range of policy tools available”).

Depois disto o BRL saiu as 15:22 (7 minutos depois do anuncio do FED) de 1,64 para 1,59 e o IBOVESPA fechou em alta de 5,1%. Tanto EUR quanto GBP ganharam força contra o USD. A curva de juros também reagiu 14bps após Jan/13 atingir mínima em 11.76% às 15:42 com ultimo negocio a 11.9%. A Treasury para 10 anos chegou na mínima a 2,03%.

Conclusão: Em minha opinião, o USD seguirá fraco. Minha leitura é que a recuperação continuará lenta, porém gradual. Os Bancos Centrais estão comprometidos em evitar uma recessão. Os mercados acionários conseguiram respirar um pouco mas não estão imunes a novas quedas. Já o mercado está bastante dividido entre uma situação de crescimento lento, USD fraco e commodities e bolsa para cima e um cenário de economias americana e européia muito fracas, com pouca melhora no mercado de trabalho e uma demanda incapaz de evitar uma queda nos preços das commodities.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Vai viajar? Proteja-se (do câmbio)

Com a forte valorização do real ocorrida em 2009, quando o dólar saiu de um patamar acima de R$ 2,30 para fechar o ano a R$ 1,74, as viagens internacionais voltaram a ser atrativas. Somando à desregulamentação dos preços das passagens áreas, viajar para o exterior é, em alguns casos, mais barato que viajar para o Nordeste.

As agências de turismo preparam pacotes e os vendem em 10X "sem juros". Legal, você se prepara mais de 6 meses pagando a viagem e ainda tem prestações para pagar quando chega o grande dia de embarcar para EUA ou Europa. Passagens na mão, hotel reservado e visto concedido (quando é o caso), na semana anterior à viagem você começa a procurar uma agência de cambio para trocar seus reais por dólar, euro ou libra. Neste momento: SURPRESA! O dólar está acima de R$ 2,00 e o euro acima de R$ 3,00. Aqueles suados R$ 5.000 que compravam US$ 3.000 dólares agora só compra US$ 1.500. Bem, "vamos ter que gastar menos durante a viagem e o restante passamos no cartão. No mês que vem o câmbio volta ao normal". O que acontece no mês seguinte quando vem a fatura do cartão? SURPRESA! Mais desvalorização do real. A viagem que era mais barata que ir pra Natal, ficou mais cara que ir para a Lua (exageros a parte).

"E o que eu posso fazer? Não tenho controle sobre o câmbio!". Você pode se planejar e se proteger. Como? Basicamente há dois modos: comprando aos poucos a moeda do país para onde você vai ou entrando em um fundo cambial (dólar ou euro).

Explicando melhor: se você pretende viajar daqui 3, 6 ou 12 meses comece comprando dólar ou euro já (deduzindo que voce vai para os EUA ou Europa). Compre um pouco por mês até juntar pelo menos metade do montante que voce pretende gastar lá. Qual o inconveniente de se comprar todo mês moeda estrangeira? Primeiro, há o risco de voce ser roubado (literalmente) guardando em casa. Segundo, que seu dinheiro fica parado e você não ganha nada com isto. Qual a solução para estes dois problemas? Os fundos cambiais.

Os principais bancos do país oferecem a possibilidade de "investimento" em fundos cambiais de dólar. Neste quesito, o Banco do Brasil é o melhor e além de dólar oferece fundo em euro também. O investimento mínimo inicial é de R$ 1.000. Nestes fundos, você ganha (ou perde) a variação da moeda mais um juros (ainda que pequeno). Em contrapartida paga uma taxa de administração para o banco. BB novamente na frente com taxas bastante competitivas abaixo de 2,0% ao ano.

E se o dólar for para 1,40 e o euro para 2,30? Bem, neste caso você comprou estas moedas um pouco mais caro, mas garantiu a tranquilidade da sua viagem. Posso dizer por experiencia propria que vale a pena. Em 2008, quando fui morar na Europa eu garanti 30% dos meus gastos aplicando no fundo em euro do BB. Não me arrependi. No começo o real continou se valorizando e eu nem mexi no fundo. Aproveitei o euro mais "barato". Quando estourou a crise em setembro de 2008 e deu a disparada do dolar e euro, utilizei o fundo para cobrir meus gastos durante 3 meses na Inglaterra. Fiquei tranquilo enquanto lia as noticias de brasileiros com serios problemas para viajar em virtude da desvalorização da nossa moeda.

Pensando agora em 2010, para aqueles que pretendem viajar no segundo semestre, sugiro que pensem com carinho na estrategia de se proteger via fundo cambial ou mesmo guardando um pouco de moeda estrangeira em casa. A probabilidade do real se desvalorizar no segundo semestre é grande tanto em virtude das eleições no Brasil quanto das incertezas que rondam a economia mundial. O que você acha mais provavel: o dólar ir a R$ 2,00 e o euro a R$ 3,00 ou a R$ 1,50 e R$ 2,30? Portanto, proteja-se, mesmo que parcialmente.
 
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