domingo, 28 de março de 2010

Investindo em Opções

Neste fim de semana li um livro muito bom de Maurício Hissa, mais conhecido como Bastter no mercado. Ele consegue, de forma simples, introduzir os conceitos envolvendo opções de ações e, em seguida, aprofundar nas gregas e nas principais estrategias de compra e venda envolvendo as opções de compra (mais líquidas no mercado brasileiro). A principal mensagem que ele quer passar é OPERE PEQUENO! Vale o investimento! Clique AQUI para comprar.


Outro livro que li este mês foi 'Os pecados do capital', do professor americano Robert P. Murphy. O livro apresenta diversos argumentos para convencer o leitor de que mesmo nas coisas que a principio parecem politicamente incorretas dentro do capitalismo, na verdade elas são coisas boas. Para um anti-capitalista, o livro deve ser irritante. Para um capitalista, divertido. Particularmente esperava um pouco mais, algo como o estilo do freakeconomics. Os argumentos do autor são muito superficiais, faltou um pouco mais de profundidade em alguns assuntos. Clique AQUI para comprar.



Por fim, começo agora a leitura do livro 'A bola de neve', biografia autorizada de Warren Buffet. Ainda não posso exprimir uma recomendação sobre o livro, mas os comentários são bastante positivos! Eu aproveitei o valor incrivelmente baixo no submarino de R$ 16,9. Se quiser, clique AQUI.



segunda-feira, 22 de março de 2010

Tudo sobre finanças pessoais

Neste fim de semana, li um artigo muito bom resumindo em 5 cards (site americano, eles são fascinados por cards) tudo o que voce deveria saber sobre finanças pessoais. Tirando uma coisa ali, acrescentando um pouco mais, eu diria que os 5 itens conseguem abranger de forma brilhante o que é necessário saber sobre finanças pessoais. E mais: corrobora a tese de simplicidade.



O texto original pode ser visto no site the simple dollar.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Fevereiro: situação fiscal na zona do euro preocupa

28 de Fevereiro 2010

Relatório Mensal do Clube de Investimento

Fevereiro: situação fiscal na zona do euro preocupa

Podemos dizer que no mês de fevereiro a bolsa andou de lado. No primeiro dia do mês fechou com alta de 1,79% aos 66.571 pontos. No dia 26, ultimo do mês, estava em 66.503. No mês, a alta foi de 1,68%. É como se o que importasse fosse apenas o primeiro dia.

A grande discussão do mês foi a situação fiscal na Zona do Euro. O termo cunhado foi PIGS numa analogia a porcos, em inglês. Portugal, Irlanda, Grécia e Espanha foram apresentados como em situação critica e com alta probabilidade de default. Particularmente, acredito que apenas a Grécia tenha, de fato, uma situação critica. Mas acho pouco provável que a União Européia deixe a Grécia quebrar.

Com estas incertezas, os fundos de hedge acentuaram as apostas contra o euro. A paridade USD / EUR que em dezembro estava em 1,50, fechou fevereiro em 1,35, com forte desvalorização do euro. Além disto, com a fraca recuperação apresentada pelo Reino Unido, os fundos apostaram também contra a libra, pressionando fortemente a moeda britânica. De 1,70, trouxeram a paridade para 1,50. O mercado acredita na possibilidade de uma desvalorização adicional de 20% a 30% da libra. E o dólar segue forte.

Logo, a conclusão seria de que o real deve ter se desvalorizado no mês de fevereiro seguindo a tendência das moedas mundiais. Correto? Errado. O real se apreciou frente ao dólar, e conseqüentemente, frente ao euro e a libra. O real tinha sofrido bastante no mês de janeiro, mas em fevereiro voltou a ganhar força. De 1,87 veio para 1,81. Contra o euro fechou a 2,47 e contra a libra em 2,76, níveis historicamente baixos. Minha sugestão para quem vai viajar é já garantir parte da necessidade destas moedas a estas taxas.

No Brasil, as expectativas seguem otimistas. Alto crescimento da produção industrial, consumo e PIB. Preocupação do lado inflacionário com os dados fechados de janeiro e fevereiro que vieram acima do esperado. Acredito que os fatores sazonais pesaram bastante, mas que isto deve arrefecer a partir deste mês.

Com um mercado dividido entre o inicio do aperto monetário (elevação de juros) entre março e abril, o Banco Central (BC) tratou logo de mandar um recado subindo o compulsório (ou retirando parte dos estímulos concedidos durante a crise). Meu palpite é que os juros subam a partir de abril ou depois. O BC começará a agir com maior contundência depois do relatório de inflação de março e quando os dados apresentarem um panorama mais claro. Mesmo considerando o ano eleitoral, a mensagem do Meirelles, presidente do BC foi clara: O BC age de forma puramente técnica, desconsiderando o “calendário cívico”. Acredite quem quiser.

Olhando para o nosso umbigo, nossa carteira apresentou uma performance mensal abaixo do IBOVESPA: 0,71% contra 1,68%. Baixas adicionais em OGX prejudicaram nosso desempenho. Do lado positivo, tivemos Brookfield (BISA3), mas que não foi suficiente para compensar as perdas em OGXP3.

Seguindo a estratégia anunciada em Janeiro, saímos de Brasil Telecom. O baixo respeito ao acionista e a complexa estrutura societária do setor impedem a correta leitura do mercado. Melhor ficamos longe. Conseguimos sair em um bom nível intra mês. Se continuássemos, sofreríamos perdas adicionais superior a 6%. Adiós.

Em substituição, compramos Cremer (CREM3). Indústria bem posicionada no setor de “cuidados com a saúde”, atuando nos segmentos hospitalares, consultórios e varejo. Alta distribuição de dividendos (6% ao ano) e com grandes possibilidades de crescimento dada a realidade brasileira de envelhecimento da população.

Tractebel (TBLE3) e General Shopping (GSHP3) praticamente não se mexeram. Mesmo com o bom resultado divulgado pela primeira, os papeis fecharam o mês com uma ligeira alta. Em General Shopping espero resultados positivos para o ano, com o shopping Outlet Premium na Rodovia Bandeirantes superando as expectativas. “Superar as expectativas” é sempre um bom driver de alta.

Com os aportes realizados no mês e as alterações na carteira, nosso portfólio fechou o mês da seguinte forma: BISA3 com 23,79%; OGXP3 com 20,68%; CREM3 com 19,67%; TBLE3 com 13,59%; GSHP3 com 12,89% e 9,38% em caixa.

Para Março, a expectativa é de alta com o fim da divulgação de resultados corporativos no Brasil e um possível plano de ajuda a Grécia (ou no mínimo algum comunicado reconfortante). Com a alta volatilidade de OGXP3 e BISA3, vamos tentar aproveitar alguma oportunidade para trades de curto prazo com estas duas ações. Para o caixa, estamos de olho em BVMF3 (BM&F e BOVESPA) e CIEL3 (Cielo, ex-Visa Net).
 
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