Em artigos recentes discuti a estratégia para investimentos em poupança, fundos e CDBs. Com o indicador sendo o CDI (Certificado de Deposito Interbancário – taxa pela qual os bancos emprestam dinheiro entre si) a partir de R$ 500 já é possível encontrar CDBs mais rentáveis que a poupança e fundos DI.
Para falar a verdade, os fundos DI dificilmente valerão a pena. Como em geral estão carregados de títulos públicos atrelados a SELIC, seria mais interessante comprar diretamente os títulos públicos através do Tesouro Direto (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto). Apenas alguns fundos investem em títulos privados que rende um percentual maior do CDI (por exemplo, a última emissão de títulos da Telemar estava pagando entre 115% e 120% do CDI). Logo, se você conseguir um CDB que paga 100% do CDI ou mais, já o torna mais interessante do que 99% dos fundos DI e dos títulos atrelados à SELIC. Por quê? Porque CDBs são isentos de custos de transação.
No caso de você não encontrar um CDB que pague 100% do CDI ou mais, mas encontre algo como 95%, deve-se ser feito um calculo comparando com o tesouro direto. Vamos considerar algumas hipóteses: para se operar no tesouro direto é necessário uma corretora ou banco. No banco do Brasil, é cobrado o valor de 0,4% por operação. Somado a isto há o valor da custodia anual de 0,3%. Comprando uma LFT (Letra Financeira do Tesouro) atrelada a SELIC, teríamos hoje 10,25 – 0,7 = 9,55. Com o CDI de hoje em 10,13%, temos que o titulo do governo está pagando 94,3% do CDI no primeiro ano. Seria mais interessante aplicar em um CDB. Para os outros anos teríamos 10,25 – 0,3 = 9,95 ou 98,20% do CDI.
Pesquisando um pouco mais, é possível encontrar corretoras que não cobram nada pelas operações no tesouro. No próprio site do Tesouro Direto há uma lista de instituições com as respectivas taxas. Então por que operar com o BB ou outros bancos que cobram? Pela comodidade. Não é necessário fazer novos cadastros, nem transferências, etc. Bem, eu opto pela economia à comodidade. No longo prazo esta diferença pode significar milhares de reais. Voltando ao exemplo com uma instituição que cobre 0%, teríamos os 98,20% do CDI já a partir do primeiro ano. Logo, um CDB pagando 95% não seria interessante.
Mas e os fundos DI? Dificilmente encontramos um fundo que cobre menos que 0,3% ao ano de taxa de administração. O pequeno investidor, em geral, se depara com taxas superiores a 1,5%. Há casos com taxas superiores a 4%.
Consideremos um fundo com 2%. Temos 10,25 – 2,00 = 8,25 / 10,13 (CDI) = 81,4%. Sim, é isto mesmo. Apenas 81,4% do CDI. No Banco do Brasil, o CDB de R$ 500 está pagando 85% do CDI.
Mas e os outros fundos de renda fixa pré-fixados? Esta é uma dúvida importante. Existem os títulos pós e pré-fixados. Os pós-fixados têm rendimento atrelado a SELIC, CDI ou mesmo inflação, enquanto os pré a taxa de retorno é conhecida no momento da compra. Com a queda da nossa SELIC, os fundos ou títulos pré-fixados renderam significativamente mais nos últimos tempos. Quem comprou títulos rendendo acima de 11% está com sorriso de orelha a orelha. Hoje os títulos com vencimento em Janeiro de 2010 estão rendendo 9,36%. Se o investidor acredita que os juros básicos da economia (SELIC) caiam ainda mais, é preferível comprar os títulos pré.
Outra alternativa para poupança de longo prazo é comprar títulos atrelados a indicadores de inflação como IGPM ou IPCA. Estes pagam um cupom, por exemplo, 7% ao ano mais a variação da inflação. Hoje, o titulo com vencimento em Maio de 2011 atrelado ao IPCA paga 5,86% mais a variação do IPCA. Se este ficar em 4,5% ao ano, seria 9,86 ao ano. Caso a inflação suba muito, o rendimento acompanha esta subida. Para poupanças de longo prazo, é muito interessante, pois garante um rendimento real igual ao cupom pago.
No momento atual de mercado, os títulos do governo estão com taxas baixas e declinantes, acompanhando as expectativas de baixa na SELIC. Entretanto, as aplicações em fundos de renda fixa, poupança ou CDBs sofrem do mesmo mal.
Em minha opinião, os que pensam no curto prazo (1 ano) e não acreditam em cortes mais agressivos da SELIC, CDBs com rendimento superior a 98% do CDI me parecem indicados. Aos que acreditam em cortes mais agressivos, seria melhor comprar títulos do governo pré-fixados mesmo para um horizonte até 2 anos. Acima disto e com horizonte de longo prazo, embora com cupons mais tímidos comparados ao histórico recente, os títulos atrelados a inflação seriam os mais apropriados.
Para falar a verdade, os fundos DI dificilmente valerão a pena. Como em geral estão carregados de títulos públicos atrelados a SELIC, seria mais interessante comprar diretamente os títulos públicos através do Tesouro Direto (http://www.tesouro.fazenda.gov.br/tesouro_direto). Apenas alguns fundos investem em títulos privados que rende um percentual maior do CDI (por exemplo, a última emissão de títulos da Telemar estava pagando entre 115% e 120% do CDI). Logo, se você conseguir um CDB que paga 100% do CDI ou mais, já o torna mais interessante do que 99% dos fundos DI e dos títulos atrelados à SELIC. Por quê? Porque CDBs são isentos de custos de transação.
No caso de você não encontrar um CDB que pague 100% do CDI ou mais, mas encontre algo como 95%, deve-se ser feito um calculo comparando com o tesouro direto. Vamos considerar algumas hipóteses: para se operar no tesouro direto é necessário uma corretora ou banco. No banco do Brasil, é cobrado o valor de 0,4% por operação. Somado a isto há o valor da custodia anual de 0,3%. Comprando uma LFT (Letra Financeira do Tesouro) atrelada a SELIC, teríamos hoje 10,25 – 0,7 = 9,55. Com o CDI de hoje em 10,13%, temos que o titulo do governo está pagando 94,3% do CDI no primeiro ano. Seria mais interessante aplicar em um CDB. Para os outros anos teríamos 10,25 – 0,3 = 9,95 ou 98,20% do CDI.
Pesquisando um pouco mais, é possível encontrar corretoras que não cobram nada pelas operações no tesouro. No próprio site do Tesouro Direto há uma lista de instituições com as respectivas taxas. Então por que operar com o BB ou outros bancos que cobram? Pela comodidade. Não é necessário fazer novos cadastros, nem transferências, etc. Bem, eu opto pela economia à comodidade. No longo prazo esta diferença pode significar milhares de reais. Voltando ao exemplo com uma instituição que cobre 0%, teríamos os 98,20% do CDI já a partir do primeiro ano. Logo, um CDB pagando 95% não seria interessante.
Mas e os fundos DI? Dificilmente encontramos um fundo que cobre menos que 0,3% ao ano de taxa de administração. O pequeno investidor, em geral, se depara com taxas superiores a 1,5%. Há casos com taxas superiores a 4%.
Consideremos um fundo com 2%. Temos 10,25 – 2,00 = 8,25 / 10,13 (CDI) = 81,4%. Sim, é isto mesmo. Apenas 81,4% do CDI. No Banco do Brasil, o CDB de R$ 500 está pagando 85% do CDI.
Mas e os outros fundos de renda fixa pré-fixados? Esta é uma dúvida importante. Existem os títulos pós e pré-fixados. Os pós-fixados têm rendimento atrelado a SELIC, CDI ou mesmo inflação, enquanto os pré a taxa de retorno é conhecida no momento da compra. Com a queda da nossa SELIC, os fundos ou títulos pré-fixados renderam significativamente mais nos últimos tempos. Quem comprou títulos rendendo acima de 11% está com sorriso de orelha a orelha. Hoje os títulos com vencimento em Janeiro de 2010 estão rendendo 9,36%. Se o investidor acredita que os juros básicos da economia (SELIC) caiam ainda mais, é preferível comprar os títulos pré.
Outra alternativa para poupança de longo prazo é comprar títulos atrelados a indicadores de inflação como IGPM ou IPCA. Estes pagam um cupom, por exemplo, 7% ao ano mais a variação da inflação. Hoje, o titulo com vencimento em Maio de 2011 atrelado ao IPCA paga 5,86% mais a variação do IPCA. Se este ficar em 4,5% ao ano, seria 9,86 ao ano. Caso a inflação suba muito, o rendimento acompanha esta subida. Para poupanças de longo prazo, é muito interessante, pois garante um rendimento real igual ao cupom pago.
No momento atual de mercado, os títulos do governo estão com taxas baixas e declinantes, acompanhando as expectativas de baixa na SELIC. Entretanto, as aplicações em fundos de renda fixa, poupança ou CDBs sofrem do mesmo mal.
Em minha opinião, os que pensam no curto prazo (1 ano) e não acreditam em cortes mais agressivos da SELIC, CDBs com rendimento superior a 98% do CDI me parecem indicados. Aos que acreditam em cortes mais agressivos, seria melhor comprar títulos do governo pré-fixados mesmo para um horizonte até 2 anos. Acima disto e com horizonte de longo prazo, embora com cupons mais tímidos comparados ao histórico recente, os títulos atrelados a inflação seriam os mais apropriados.
esse artigo já me deixou meio confusa (sou a camada da população "humilde", lembra?), mas vou pesquisar o cdb
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