Um clube de investimento é bastante parecido. Também é um condominio de investidores mas limitado a um número mínimo de 3 e maximo de 150 cotistas. Além disto, a gestão do fundo pode ser realizar pelos proprios participantes, tendo voz ativa em onde e quando aplicar seus recursos. Embora a gestão possa ser deixada com a corretora que assim escolherá onde aplicar (como nos fundos), a "graça" dos clubes está justamente na possibilidade dos cotistas participarem ativamente.
Nas informações oferecidas pela BOVESPA, ela cita as seguintes vantagens: Custo Mais Baixo, Acessibilidade, tranquilidade, diversificação, participação direta.
Com base na experiência de quem está criando um clube agora posso dizer que o custo não é mais baixo do que o de um fundo de investimento. Embora o patrimonio inicial do clube seja pequeno, a menor taxa de administração encontrada foi de 2% ao ano. Mesmo com um patrimonio grande como R$ 1.000.000,00, a Geração Futuro cobra 4% a.a para administrar o fundo. Um absurdo, ainda que eles sejam bem conceituados.
Atualmente podemos encontrar fundos onde a taxa de administração gira em torno de 1% ou menos, mesmo com capitais pequenos. Mas eu diria que a média de mercado está entre 2,5% e 3,5%. Portanto, os custos seriam praticamente os mesmos ou mais altos. Neste ponto, uma vantagem seria uma tributação diferenciada de 15% caso o clube detenha mais de 67% da carteira em ações.
Já quanto a acessibilidade, embora o processo burocrático seja bem simples (basta informar 3 responsáveis para a corretora, o nome do clube e aguardar em torno de 60 dias o clube está criado) os valores exigidos pelas corretoras dificultam o acesso. O patrimonio minimo exigido está em torno de R$ 30.000,00 o que não é tão simples de conseguir juntar num grupo pequeno. Sendo um grupo grande seria mais fácil, mas a dificuldade de encontrar investidores (no caso amigos ou membros de interesse) é significativamente dificil. Para os que pretendem iniciar o clube com pouco capital, sugiro as corretoras Spinelli e XP Investimentos. Ambas mostraram-se bastante flexiveis quanto ao montante inicial desde que haja o compromisso de um patrimonio maior nos próximos 12 meses.
A maior vantagem dos clubes de investimento encontra-se nos dois últimos itens: diversificação e participação direta. Ainda que as normas requeiram pelo menos 51% do patrimonio em ações, o clube pode optar em diversificar os investimentos em ações em setores diferentes (o que dificilmente acontece em fundos) ou comprar outros titulos mobilarios como titulos do governo, debentures, etc. As aplicações nos mercados futuros e de opções são restritas, o que garante uma certa "tranquilidade".
Como dito anteriormente, o diferencial é a participação direta. Os cotistas podem discutir como, quando e onde investir. No meu caso, o clube será criado entre amigos do colégio técnico. Podemos marcar de nos reunir frequentemente para decidir onde aplicar, discutir através de listas de discussão, receber relatorios e assessoria da corretora. Tudo isto ajuda no aprendizado financeiro. Sem dúvida, um clube de investimento, além de propiciar uma poupança de longo prazo, é uma ferramenta importante de Educação Financeira.
Para maiores informações, consulte na fonte http://www.bovespa.com.br/Investidor/ClubeInvest. Sobre dicas de corretoras, por favor, me enviem um e-mail.
Bruno estou discutindo com alguns amigos para criar um clube também.
ResponderExcluirFaz algum tempo que você o fez. Como está o clube hoje? Ainda existe?
Matheus Santiago (santiago.matheus@gmail.com)