quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Livro: Eu sei o que você está pensando

Ganhei este livro de Natal de uma prima que havia lido e gostado. Lillian Glass é uma pesquisadora e psicóloga que atua com astros de Hollywood, atletas, empresários e políticos norte americanos que têm alguma dificuldade para se expressar ou queiram melhorar a habilidade de comunicação. Mas não faz só isto, ela ajuda seus clientes a identificarem a real intenção da outra pessoa (o que ela está pensando) através do que fala, como fala, como se gesticula e se expressa facialmente.

O livro surgiu da experiencia prática nos anos em que vem atendendo seus clientes. O proposito do livro é levar o leitor a identificar quão bem consegue ler as pessoas para em seguida ajudar o desenvolvimento do mesmo através de testes e técnicas para a fala, voz, linguagem corporal e facial. Por fim, apresenta os 14 tipos de personalidades com base nestes quatro códigos de comunicação.

Em minha opinião, o livro consegue passar uma boa visão geral da importância de se observar as pessoas enquanto elas se expressam. Indica que é possível identificar a "verdade" através de como a pessoa se comunica.

"A possibilidade de aperfeiçoar a capacidade de ler os outros não é uma arte. É uma ciência. É a consciência aprimorada ao resultante da sintonia com os sentidos." (pág 49)

"Existem quatro códigos primários de comunicação que são processados no cérebro. Dois deles, o da fala e da voz, são processados pela audição, enquanto os outros dois, os códigos de linguagem corporal e facial, são processados pela visão." (49,50)

"Mesmo que você esteja tentando esconder seus sentimentos, suas verdadeiras emoções "vazarão" tanto em suas expressões faciais quanto em sua voz." (53)

Abaixo seguem alguns exemplos de explicações sobre a fala:

"Pessoas que falam mal dos outros são descontraladas. Querem se sentir poderosas, e assim fazem fofocas por não se sentirem bem com elas mesmas." (A Sindrome do Fofoqueiro, 98)

"Falar o tempo todo sobre si mesmo é sinal de profunda insegurança, de um vácuo no desenvolvimento. Indivíduos que só falam sobre si mesmos são vistos como quem pensa ser melhor do que todos os outros. De fato, eles estão refletindo apenas o próprio vazio e a própria insegurança." (A Sindrome dos que mudam de assunto, 100)

Ela faz o mesmo com a voz, linguagem corporal e facial identificando padrões de comportamento e descrevendo a pessoa em um determinado tipo.

Mas engana-se quem acha que poderá aprender COMO fazer isto através do livro. Embora ela tenha esta intenção, as técnicas ensinadas, bem como as peculiaridades que devem ser observadas são dificeis de serem aplicadas apenas lendo o livro. Por exemplo:

"É importante notar que alguém que se sente poderoso e confiante normalmente ocupará maior espaço físico, estendendo braço e pernas e tomando um território maior." (175)

"Se os pés de alguém estão juntos, plantados com firmeza no chão, voltados diretamente para você, é provável que essa pessoa seja sincera, aberta e equilibrada. Por outro lado, se o pé está apoiado em sua extremidade exterior ou no calcanhar, é possível que essa pessoa não esteja dizendo a verdade."(192)

"Se, simultaneamente, os olhos se estreitam, a testa franze e uma das sobrancelhas é erguida, a pessoa deve estar duvidando do que você disse. Essa expressão sempre ocorre quando alguém está inseguro sobre uma decisão." (Olhos de Dúvida, 213)

"Alguém que está zangado tende a projetar o queixo para frente, o que é comumente registrado como um ato ameaçador ou hostil." (222)

"Quando o queixo de aguém está retraído, essa pessoa está demonstrando medo." (223)

Dentre muitas outras situações. A mim, não me parece fácil tais identificações conforme ela descreve no livro, mas talvez outros pensem diferente.

Em seguida ela apresenta os quatorze perfis de personalidade os quais apenas cito: agressor passivo, sedutor, vítima, gelado, chorão, mentiroso, narcisista, esnobe, competidor, doador, briguento, piadista, distraído e verdadeiro.

Por fim, "compreendendo o que é tudo isso". E tudo isso é realmente muita coisa.

"Vozes não mentem. Rostos não mentem. O que alguém diz e como diz não é uma mentira. Infelizmente, as pessoas mentem para si mesmas." (267)

Minha sugestão é de que leiam o livro como o começo de um estudo prolongado sobre o comportamento das pessoas. Que ele sirva de motivação para uma mudança de atitude com relação a observação ampla das pessoas. Mas que não se iludam com a possibilidade de dominarem os "segredos" para decifrar uma pessoa.

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